sábado, 12 de março de 2016

O SILENCIAMENTO E A COMEMORAÇÃO DO DIA INTERNACIONAL DA MULHER



Por Leonaldo Brandão
As mulheres ainda tem muito que lutar para comemorar no dia 8 de Março, pois infelizmente ainda é vista pela sociedade como um ser inferior aos homens, pois até mesmo no dia da “comemoração” do seu dia, ela ainda precisa da voz masculina para dar-lhes parabéns. Para sociedade a mulher ainda precisa de homens para lutar por ela, ou pelo menos OS HOMENS ACHAM QUE AS MULHERES AINDA NÃO PODEM LUTAR POR SI MESMO.
Em comemoração do dia Internacional da mulher, Buriticupu sediou momentos de verdadeira invisibilização das mulheres, pois no palco em que comemoravam o dia da MULHER, elas apenas foram minimamente representadas pela primeira dama e secretária de educação deste município. Aonde estavam as mulheres que tanto lutam para cuidar de seus filhos, aonde estavam as professoras que dão suas vidas em sala de aula para educar os filhos de Buriticupu, aonde estavam as médicas, enfermeiras e outras profissionais da saúde que tratam das milhares de vidas, aonde estavam as empresarias que ajudam a mover a sofrida economia desta cidade, aonde estavam as mulheres que ocupam espaço de poder e ajudaram e ajudam a construir nossa cidade?
Todas elas foram apagadas na festa de ontem em comemoração ao dia Internacional da Mulher em Buriticupu, pois em vez de mulheres ocupando seu lugar e espaço de fato e de direito estavam homens, que muitas das vezes oprimem, humilham, maltratam e violentam. E quando falo de violência não é violência física, mas uma violência simbólica, como disse Pierre Bourdieu. Pois, no fim tarde para o início da noite de ontem as mulheres sofreram uma violência simbólica sem precedentes, pois tiraram o seu direito de falar, de se expressar, de comemorar e acima de tudo de ser mulher que tem voz e vez de ser quem realmente é. 
A mulher além de sofrer uma violência simbólica através da sua não representação no dia em que a gestão municipal resolveu fazer a comemoração, já atrasada, ainda sofreu a violência simbólica através de músicas como o funk que ridicularizam, humilham e oprimem as mulheres, além de hiper-sexualizar e  expor as crianças que fizeram coreografia de um desses funks na tarde de ontem na praça principal da cidade em frente a Prefeitura Municipal.

Agora uma pergunta: O que foi comemorado no fim da tarde e o início da noite de ontem, no evento que supostamente era pra comemorar o Dia internacional da Mulher